Além de todos os males que a pandemia nos tem causado, uma outra doença tem acometido os brasileiros, é a Síndrome do “daqui a três meses”.
Assim que a pandemia começou, todos nos assustamos, mas nos convencemos de que aquela estranha doença duraria pouco e “daqui a três meses” tudo voltaria ao normal.
Passaram três meses e a pandemia só piorava, tudo fechado, hospitais enchendo, mas avaliamos que a pandemia logo passaria porque já estavam começando a pesquisar vacinas e “daqui a três meses” elas ficariam prontas.
Passaram mais três meses e descobrimos que vacina é um troço complicado, tem que testar, tem fase um, fase dois, fase três e depois tem que ter uma tal de eficácia, ou seja, as vacinas ainda iam demorar, mas algumas delas estavam sendo testadas no Brasil e assim que os testes terminassem, “daqui a três meses”…
Passaram três meses, as vacinas foram aprovadas e começaram a ser aplicadas em alguns países, mas o presidente do Brasil não acreditava nelas e não comprou as vacinas, portanto, aqui ainda ia demorar para começar a vacinação. Mas soubemos que o Brasil podia produzir vacinas e “daqui a três meses” elas iam ficar prontas.
Passaram três meses e descobrimos que a gente podia fazer vacinas sim, mas dependia de um tal de IFA, que era feito na China e o nosso presidente, com a ajuda do seu chanceler era contra a China, portanto o tal IFA não veio. E pior, a pandemia gosta de países que flertam com o pandemônio e cresceu muito.
Agora estamos aqui a procura de alguma coisa para acreditar que “daqui a três meses” estaremos numa situação melhor.
Ou então tentar achar uma vacina para curar a Síndrome do “daqui a três meses”.
A SÍNDROME DO “DAQUI A TRÊS MESES”

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