Dois funcionários do palácio do Planalto conversam:
– Já saiu a lista dos novos ministros?
– Ainda não.
– Você sabe de alguma coisa?
– Ela disse que tá difícil arrumar nome pra todos os ministérios. Sabe como é, tem muita gente enrolada nesse negócio da Petrobras…
– Será que vão diminuir o número de ministérios?
– Acho que não. Mas o que você tem a ver com isso?
– Nada. É só que … sabe aquele mesão que a presidenta faz a reunião ministerial? Não cabe todo mundo.
– E como é que fazia até agora?
– Os ministros se viravam. Teve gente dando a ideia de um ministro sentar no colo de outro ministro , mas a presidenta não deixou.
– Ainda bem porque ficava chato gente sentada no colo.
– Não foi por isso não. É que se fossem de partidos diferentes, qual partido senta no colo de qual? Ia dar problema e aí o único jeito de resolver era criar um ministério novo.
– E aí? Como resolveu?
– Era por ordem de chegada. Quem chegava por último ficava em pé no fundo da sala.
– E aí pegava mal pro ministro , ficar em pé.
– Mais ou menos. A sorte é que são tantos ministérios que a presidenta nem conhece todos os ministros.
– E como é que ela vai fazer agora no novo governo pra decorar tanto nome de ministério?
– Ah, isso parece que ela já resolveu. Agora os ministérios não vão ter mais nome, vão ter número. Ministério 1, ministério 2, assim por diante, entendeu?
– E os ministros, como é que ela vai saber o nome de todo mundo?
– O do ministério 1 é o ministro 1, o do 2 é o 2 e assim por diante.
– E aí é só os ministros andarem com uma plaquinha com o seu número e pronto. Boa ideia!
– Eu também tinha achado, mas já tá dando problema. Tem partido que não quer ficar com o ministério 13 porque diz que dá azar, aí a presidenta diz que 13 é o numero do PT e o pau come. O partido dos evangélicos não quer o ministério 24…
– Por que ela não usa letras ? Ministério A, B, C…
– Não dá! Tem muito mais ministério do que letra, rapaz!
– Caramba! É um problemão mesmo.
Será que o mensalão acabou? Mudaram a lei, para que as contas do Governo ficassem dentro do estimado. E a Dilma anunciou que todos os seus aliados iriam participar do executivo.