Mudei de casa essa semana. Agora moro num apartamento cuja decoração é feita de caixas de papelão cheias com as minhas tralhas. Parece uma instalação de algum artista plástico muito louco. Mas apesar de não conseguir encontrar nada que eu quero, achei um monte de coisas maneiras.
– Achei algumas camisas que nem lembrava mais que tinha e que minha mulher nem lembra mais porque não me deixava usar.
– Achei algumas calças que me fizeram pensar como é que eu um dia consegui entrar nelas.
– Achei uma bota ortopédica que usei quando quebrei o pé. Pra que eu guardei isso? Certamente para a próxima vez que quebrasse o pé. Isso é que é ser um cara precavido!
– Fotos antigas. Do tempo que ainda se revelava fotos.
– Um casaco que eu não lembrava mais que tinha. E também não lembrava mais que já tive algum dia coragem de comprar algo tão escroto!
– Não achei o mouse do meu computador, mas achei um laptop satellite da Toshiba que deve pesar uns 15 quilos.
– Não achei um óculos que comprei há menos de um mês e ainda nem acabei de pagar. Deve estar dentro de uma das quinhentas caixas de papelão e vai ser difícil achar. Principalmente sem óculos.
– Doei uns quinze quilos de livros, mas ainda tenho trocentas toneladas deles. Na mudança a gente passa a se referir a livros por peso. E pensa seriamente em começar a ler mais e-books.
Já me disseram que quando a gente se muda é fundamental ter calma e paciência. Dentro de pouco tempo, espero que no máximo uns dois anos, eu acho que a casa vai começar a funcionar!
Aceito alguns livros a título de doação…. 😉