O Brasil deve o seu nome a uma árvore: o pau-brasil.
Mas logo esqueceram do pau e ficou só Brasil.
Então, já que Brasil parece mesmo que não deu certo, não seria o caso de inverter isso, eliminar o Brasil do nome e tentar chamar só de Pau? República Federativa do Pau?
Onde você mora? Eu moro no Pau. Sou Pauleiro (para diferenciar de paulista).
Sim, eu sei que se trata de um nome fálico, que vai desencadear uma saraivada de piadinhas e sacanagens, mas se a gente pensar bem, só quem liga a palavra Pau ao órgão masculino somos nós mesmos, os brasileiros. Fora daqui ninguém liga pra isso. Nem português, que fala uma língua muito parecida com a nossa, chama o pau de pau. Americanos, europeus, africanos e asiáticos não tem a menor ideia de que Pau possa ter esse significado. (Aliás, se o Putin soubesse com o que parece o nome dele em português, talvez desistisse de invadir a Ucrânia e bombardeasse o Brasil)
De minha parte, eu não vejo problema com esse nome, acho que Pau seria uma boa. Uma nova tentativa de começar tudo de novo. Vai que dessa vez dá certo?
E talvez, Pau tenha tudo a ver com o nosso país. Afinal, Pau que nasce torto, nunca se endireita.
E somos um país que é Pau pra toda obra.
Que tem belezas a dar com o Pau.
Que mata a cobra e mostra o Pau.
E se vier falar mal da gente, nós taca o Pau!
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GRANDES CACIQUES DO BRASIL
Alguns até acham que nosso país não é mais uma aldeia indígena, mas como ainda temos caciques! Eu estou falando dos caciques políticos, que mandam no país.
Hoje em dia esses caciques são menos conhecidos, só os comentaristas políticos da Globonews, CNN e tais sabem o nome dos donos dos partidos do Centrão. Mas nós, que não temos saco para acompanhar o dia-a-dia da política, não conseguimos decorar o nome desses caras.
Mas, num passado nem tão distante, todo mundo sabia direitinho quem eram os caras que mandavam na política brasileira.
Uma vez, há bastante tempo, fui apresentado a um dos mais poderosos caciques da país: o poderoso Antônio Carlos Magalhães, o ACM, que foi “dono” da Bahia.
Meu encontro com ACM aconteceu em um hotel na Praia do Forte, na Bahia, onde estava hospedado com a minha família. ACM também estava hospedado nesse resort. Eu estava tomando um banho de mar com a minha filha. Quando saímos do mar, fomos nos lavar num chuveirinho que havia na beira da praia. Foi dali que eu avistei o homem, a uns dez metros. ACM estava ao lado de um assessor que já havia conversado comigo, e que me chamou. Mandei a minha filha para a barraca onde estavam meus pais e, meio sem jeito, me aproximei. O assessor me apresentou ao homem:
– Esse é o Beto Silva do Casseta & Planeta.
ACM não falou nada, só ficou olhando para a minha cara. Sem saber o que fazer ou dizer, desandei a falar um monte de bobagens, falei do tempo, falei do hotel, disse que o meu pai era baiano, que o meu avô também… O homem só olhava para a minha cara e respondia com monossílabos. Ao final me despedi e fui para a barraca onde estava com a minha família.
– Você viu? – perguntei para a minha mãe.
– Vi. Você falou com o ACM.
Então minha mãe apontou para o meu nariz.
– Que foi? – perguntei sem entender.
– O nariz – minha mãe falou.
– O que que tem o nariz? – perguntei.
– Tem uma meleca descendo. – minha mãe explicou.
Sabe aquelas cobrinhas de catarro que descem do nariz quando a gente entra na água? Pois é, uma dessas melecas estava lá descendo desde a minha narina esquerda até quase a boca. Eu só consegui olhar em direção a barraca do ACM e pensar: Será que foi por conta do meu catarrão que o homem me olhava tanto?
Pois é, foi assim o meu encontro com o poderoso ACM.
Algumas pessoas acharam essa história nojenta, mas outras consideraram um ato político!
TOMADA BRASILEIRA…
A SÍNDROME DO “DAQUI A TRÊS MESES”
Além de todos os males que a pandemia nos tem causado, uma outra doença tem acometido os brasileiros, é a Síndrome do “daqui a três meses”.
Assim que a pandemia começou, todos nos assustamos, mas nos convencemos de que aquela estranha doença duraria pouco e “daqui a três meses” tudo voltaria ao normal.
Passaram três meses e a pandemia só piorava, tudo fechado, hospitais enchendo, mas avaliamos que a pandemia logo passaria porque já estavam começando a pesquisar vacinas e “daqui a três meses” elas ficariam prontas.
Passaram mais três meses e descobrimos que vacina é um troço complicado, tem que testar, tem fase um, fase dois, fase três e depois tem que ter uma tal de eficácia, ou seja, as vacinas ainda iam demorar, mas algumas delas estavam sendo testadas no Brasil e assim que os testes terminassem, “daqui a três meses”…
Passaram três meses, as vacinas foram aprovadas e começaram a ser aplicadas em alguns países, mas o presidente do Brasil não acreditava nelas e não comprou as vacinas, portanto, aqui ainda ia demorar para começar a vacinação. Mas soubemos que o Brasil podia produzir vacinas e “daqui a três meses” elas iam ficar prontas.
Passaram três meses e descobrimos que a gente podia fazer vacinas sim, mas dependia de um tal de IFA, que era feito na China e o nosso presidente, com a ajuda do seu chanceler era contra a China, portanto o tal IFA não veio. E pior, a pandemia gosta de países que flertam com o pandemônio e cresceu muito.
Agora estamos aqui a procura de alguma coisa para acreditar que “daqui a três meses” estaremos numa situação melhor.
Ou então tentar achar uma vacina para curar a Síndrome do “daqui a três meses”.
NOVOS SUPER-HERÓIS (2)
PERDIDO EM BRASÍLIA
Enquanto isso em Brasília, um bolsominion está no seu carro rodando há horas. Perdido, ele pede informação para um outro motorista:
– Amigo, por favor, como eu faço para chegar no Palácio do Planalto?
– Ah, é fácil. É só pegar a próxima a esquerda…
– Tá doido? A esquerda não dá. Eu estou indo encontrar com o mito, pô! Não dá pra pegar a direita?
– Não dá. A direita vai dar em outro lugar.
– E se eu seguir em frente?
– Ah, você quer uma terceira via?
– Não! Terceira via de jeito nenhum!
– Então eu não sei te informar.
– Tudo bem. Acho que eu vou perguntar no Posto Ipiranga.
– Se eu fosse você eu não ia não. O Posto Ipiranga não tá mais sabendo informar nada!
OS 5 SENTIDOS NO BRASIL
VISÃO – A Visão do brasileiro é muito boa. A gente vê cada coisa por aqui que dá vontade de colocar uns óculos com o grau errado para ver menos. O que já se viu de roubalheira por aqui! Olhos menos aguçados de estrangeiros não acreditariam no que se consegue ver por aqui. Mas os nossos olhos não nos enganaram, a gente viu mesmo o petrolão, o mensalão, as rachadinhas, os dólares em cuecas, as queimadas na Amazônia, a campanha do governo contra a vacina e o uso de máscaras…
AUDIÇÃO – A audição é bastante testada no Brasil. Somos expostos a Lives diárias do Bolsonaro, falas inacreditáveis de ministros negacionistas, lacrações de todos os lados, cantores de sofrência, locutores esportivos gritando… Haja audição. As vezes é melhor se fazer de surdo.
TATO – Há que ter tato no Brasil. Não dá pra sair tocando em qualquer coisa, o risco de se ferir é enorme. A política é cheia de cacos de vidro, a economia é um arame farpado e a burocracia aqui é um espinheiro, impossível não sair todo arranhado!
PALADAR – Aqui o gosto é muito eclético, o paladar do brasileiro é muito estranho, o povo gosta de cada gororoba! Principalmente na política.
OLFATO – O cheiro básico que sentimos aqui no Brasil é o cheiro da crise. A crise do Brasil tem um cheiro que é uma mistura de fedor de merda com um cheiro de gasolina prestes a queimar. E ainda tem também cheiro de bosta. Tudo bem eu sei que cheiro de merda e cheiro de bosta é a mesma coisa, mas é que a cagada aqui é grande.
DESCASO
ESPERANÇA
AMIGO BRASILEIRO
Amigo chama o outro para conversar. Depois de falar de futebol, tempo, pandemia e esses papos tradicionais, ele começa a falar dele:
– Sabe como é, eu me considero um sujeito em obras, um cara que está em constante construção, entende?
– Bacana isso. Eu também me sinto um pouco assim. Também acho que na vida a gente está sempre aprendendo.
– Não, você não entendeu. É que eu sou brasileiro e sabe como é obra no Brasil… o orçamento estourou. Será que você não tem aí uma verba de suplementação?