Toda hora vem à tona a discussão sobre o Brasil virar a Venezuela. Tem gente dizendo que o Bolsonaro quer fazer exatamente o que o Chaves fez na Venezuela e outros dizendo que quem vai fazer isso é o Lula, se ganhar.
Mas eu não tenho medo de o Brasil virar Venezuela, acho que o perigo é outro.
O meu medo é o Brasil virar a Coreia do Norte!
Calma, não vamos virar comunistas!
Mas seguindo nessa política de não combater o coronavírus, de não fazer lockdown, não usar máscara, de permitir aglomeração e festa clandestina a vontade em todos os lugares, podemos tomar o posto do país do Kim Jong-Un, e nos tornarmos o país mais isolado do mundo!
Hoje em dia já não podemos ir para quase nenhum país, mas isso ainda é provisório. Seguindo no ritmo que dita o nosso presidente, daqui a pouco a proibição de receber brasileiros vai virar definitiva. Vai ser pra sempre!
O passaporte brasileiro não vai valer nada!
Ficaremos mais isolados que a Coreia do Norte!
Quando chegarmos na fronteira de um país qualquer, e o agente policial perceber que o passaporte é aquele escrito Brasil na capa, ele não vai só barrar a nossa entrada, vai apertar um botão de alarme, uma sirene vai começar a tocar, o aeroporto será isolado e um exército de fiscais sanitários vai aparecer para nos dar um banho de álcool, água sanitária, gasolina, querosene e soda cáustica, depois vão nos empacotar com três camadas de papel pardo bem grosso, colocar plástico bolha em volta e nos mandar de volta pro nosso celeiro de novas cepas de coronavírus.
Tá bom, isso pode ser só uma loucura da minha imaginação, pode ser apenas um pesadelo. Mas Pesadello era como era chamado o nosso ministro da Saúde e o que entrou no lugar dele, disse que seu objetivo é dar continuidade ao Pesadello. Ou ao pesadelo.
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UM PROJETO SOCIAL
REPÓRTER – Estamos aqui para acompanhar mais um belo projeto social, um esforço de solidariedade que vem sendo desenvolvido aqui pelo seu Nestor. Seu Nestor, explica o que é que vocês estão fazendo aqui, por favor.
SEU NESTOR – Pois é, a gente estava vendo que existia uma quantidade enorme de comprimidos de cloroquina estocados sem uso, já que eles não servem para tratamento de Covid.
REPORTER – Mas eles não servem para quem tem malária?
SEU NESTOR – Sim, mas o governo comprou uma quantidade tão grande desse remédio que mesmo que o Brasil vire um enorme lamaçal não vai ter tanta gente com malária para usar esses comprimidos todos.
REPORTER- É verdade, é muita coisa mesmo. São milhões de comprimidos. E qual foi a ideia de vocês para usar esse estoque todo?
SEU NESTOR – Então, nós criamos esse projeto que tem o objetivo de dar um uso para todos esses comprimidos de cloroquina. A ideia é que artistas amadores usem os comprimidos de cloroquina como matéria prima para fazer artesanato.
REPORTER – Que interessante! Mas vamos ver os produtos que as pessoas estão produzindo aqui. Você pode mostrar pra gente, Seu Nestor?
SEU NESTOR – Claro. Essa aqui é a dona Hermengarda. Ela está colando comprimido a comprimido nesse casaquinho que ela fez e assim vai fazer um casaquinho todo de cloroquina.
REPORTER- Nossa, que bonito!
SEU NESTOR – Esse aqui é o seu Antônio. Ele pintou os comprimidos de diversas cores para poder produzir esse quadro…
REPORTER- Que bela paisagem, seu Antônio! Parabéns!
SEU NESTOR – Tem vários outros trabalhos de arte por aqui, um mais bonito que o outro, todos usando os comprimidos de cloroquina. Tem um senhor criando um mosaico de cloroquina numa parede, uma moça que está fazendo um abajur todo de cloroquina, vários cinzeiros, potes e jarros de cloroquina. Tem muita coisa bonita.
REPORTER – Que espetáculo. E vocês pretendem vender esses produtos?
SEU NESTOR – Sim. Nós vamos realizar uma grande feira, A FECLORO, A Feira de Produtos de Cloroquina, para expor e vender os produtos.
REPORTER – Muito boa ideia! E o dinheiro arrecadado nessa feira, vai ficar com as pessoas que trabalham no projeto?
SEU NESTOR – Uma parte vai ficar com eles, mas a maior parte do dinheiro nós vamos usar para o que importa: comprar vacinas contra Covid!
EU FUI DA INTENDÊNCIA
O ministro interino da saúde é um general do serviço de Intendência. Para quem não sabe os oficiais do exército podem ser da artilharia, da cavalaria, da infantaria, da engenharia e da intendência, que é a responsável pelos suprimentos. Por que eu sei disso? Porque quando eu tinha 18 anos, eu dancei, como se dizia na época, e servi o exército. Servi no quartel do CPOR, em São Cristovão. No CPOR você não é soldado, é chamado de aluno e quando sai está apto a ser um oficial da reserva. E depois de uns 3 meses lá, aprendendo a atirar, marchar e essas coisas que se faz na tropa, a gente tinha que optar por uma das armas ou serviços. Eu optei pela Intendência. E agora que vi que o general interino é de Intendência, me vieram algumas lembranças, entre elas um pedacinho do Hino da Intendência, que começava assim:
Eu sou a intendência
Cuja nobre missão
É suprir, transportar,
Dar à tropa assistência.
Relembrando esses versos me vêm 3 questões:
1- Pela letra do hino, podemos ver que tratar assuntos de saúde não é uma das nobres missões da Intendência. A única palavra mais ou menos ligada a área da saúde é assistência, que era como a minha avó chamava as ambulâncias.
2- O Brasil não entrou em muitas guerras em sua história, mas em qual delas as tropas foram comandadas por um interino?
3- Que neurônio é esse, que podendo guardar tanta coisa, lembrou dessa letra?
Obs – Na imagem lá em cima , vocês podem me ver marchando numa parada em 1979. Segundo a minha mãe, que assistiu, eu era o único que estava marchando no passo certo.
Salaminho é saúde!
Artigo falando sobre a importância dos nutrientes para o cérebro. Será que o salaminho do anúncio tem todos esses nutrientes?