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QUESTIONÁRIO DA SEMANA

Responda as questões abaixo:

Qual dessas expressões conhecidas define melhor o tapa de Will Smith no Chris Rock
a- Entre tapas e beijos
b- Um tapinha não dói
c- Dar a cara a tapa
d- Um tapa na cara da sociedade
e- O tapa saiu pela culatra

Em qual dessas expressões conhecidas a performance da terceira via nas pesquisas eleitorais melhor se encaixaria:
a- A vaca foi pra terceira via
b- Nem fode nem sai da terceira via
c- Vai de terceira via a pior
d- Desceu ao fundo da terceira via
e- Devagar, quase terceira via

A grande novidade na Tv é o remake de Pantanal. Qual é a expressão que melhor define isso:
a- Chovendo no malhado
b- Panela velha é que faz novela boa
c- Aonde a vaca vai, o boi vai atrás
d- Colocando a novela na frente dos bois
e- Cutucando a onça com a Maria Marruá

MEMÓRIAS: ESCREVENDO PARA O TV PIRATA

Começamos a escrever para o TV Pirata animados. Eu, Helio, Bussunda e Claudio formávamos um grupo de redatores. A nossa cota de textos semanais para mandar não era fixa, mas como éramos um grupo, mandávamos muitos roteiros. E um percentual bem alto do que a gente enviava para a redação final acabava entrando no programa. O Madureira escrevia com o Reinaldo e o Hubert.
Naquele tempo, idade das trevas da informática, ainda escrevíamos a mão, num bloco pautado. Então dávamos o texto pronto para uma secretária que trabalhava para a gente e ela datilografava. Tanto as máquinas de escrever como o verbo datilografar não são mais usados. Na redação final, o Claudio Paiva fazia um cut-paste mezozóico, que era cortar com tesoura o pedaço do texto a se utilizar e colar num papel, junto com as modificações que ele queria fazer no texto. O texto final normalmente era uma enorme tripa de papéis colados, que era novamente datilografado e enviado para a produção. Não lembro quando começamos a escrever em computador, imprimir os textos e mandar pela Internet.
Escrevemos vários quadros que fizeram sucesso, como TV Macho, As Presidiárias, muitas paródias de propagandas, Piada em debate (que era um quadro do nosso show que adaptamos para o programa). Me lembro que um dia, logo no início, o Claudio Paiva nos ligou e pediu para escrevermos quadros com personagens femininos, porque as atrizes estavam com menos papéis que os atores. Fomos para a nossa reunião com essa encomenda. Começamos a pensar em algum quadro, repetindo na cabeça o mantra: “precisamos de papéis femininos, precisamos de papéis femininos…”. Resultado: Saiu o quadro TV Macho, que era um quadro que sacaneava os machos, mas não tinha muitos papéis femininos. Não foi de sacanagem, mas acabou rolando. Como o quadro era bem engraçado, nós mandamos e fomos bastante sacaneados pelo Claudio Paiva. Mas pelo menos criamos um quadro que fez bastante sucesso. E para nossa defesa, havia um papel feminino que a Regina Casé fez, que ficou muito legal. Era uma torcedora do Botafogo, presidente da torcida Violência alvi-negra. Muito engraçado!
Depois nos redimimos e criamos um quadro para as atrizes: As presidiárias. Nesse quadro a Claudia Raia fazia uma presidiária lésbica, papel que ela adorou, pois só fazia mulheres lindas e maravilhosas. Ela adorou a personagem. Também fez muito sucesso. A novela “Fogo no rabo” (“Barbosaaaa”) era da galera do Planeta.
Escrevemos os primeiros textos do TV Pirata na nossa sede na Praça Onze. Agora ninguém mais vinha da praia, todo mundo chegava lá cedo para trabalhar. Tinhamos que fazer a nossa cota semanal para o TV Pirata e ainda escrever a revista Casseta Popular, que continuava sendo lançada todos os meses nas bancas de jornal.
Algum tempo depois, acho que no segundo ano de TV Pirata, alugamos uma sala na zona sul, em Botafogo, onde montamos a nossa redação. A sede da revista e das camisetas ainda continuou na Praça Onze.

ENFIA ESSA BANDEIRA…

Se já é difícil de entender o que leva uma pessoa a ser juiz de futebol, imagina o cara que está lá só para auxiliá-lo? O bandeirinha é aquele sujeito que entra em campo vestido de menino , com uma bandeirinha na mão, para fazer cumprir a lei mais difícil de se fiscalizar do mundo: a lei do impedimento.
Para conseguir acertar todas as marcações de impedimento , o bandeirinha precisaria ter , além da bandeira, um olho biônico, que conseguisse ver dois pontos ao mesmo tempo, o que os humanos ainda não conseguem. Nunca na história um bandeirinha acertou 100% de suas marcações. Quando ele acerta metade das marcações de impedimento em um jogo, já dá para se considerar que ele fez um bom trabalho. Já pensou, o engenheiro acertando só metade das obras? O médico acertando metade das operações? E pior: o bandeirinha ainda tem que encarar um ex-juiz , que fica lá na cabine de TV assistindo 500 vídeo tapes do lance e que, depois de verificar a jogada por todos os ângulos possíveis, dá o seu veredicto:

– Pela imagem dessa quinta câmera eu consegui ver que o atacante não estava impedido, portanto o bandeirinha errou feio! Anulou o gol que valeu!

E a galera , que já estava reclamando, apoia o comentarista:

– Bandeirinha burro! Ladrão! Comprado! Mercenário! Enfia essa bandeira no rabo!

Aliás , cabe aqui um comentário: quando a torcida irritada com o árbitro, manda ele enfiar algo numa área recôndita de sua anatomia, é o apito que ela quer que ele use. Já o bandeirinha não, ele tem que encarar a bandeira, que convenhamos, deve doer bem mais que um pequeno apito.

Quando depois do jogo, entrevistarem o juiz, e o questionarem sobre o gol mal anulado, o que ele vai dizer?

– Eu segui a orientação do meu auxiliar, que levantou a bandeira.

O coitado do bandeirinha é que vai levar a culpa. Logo ele, que tinha que decidir em uma fração de segundo se, ao traçar uma linha imaginária paralela a linha de fundo, o corpo do atacante, ou apenas um pedaço da perna, estava dois centímetros na frente do corpo de um defensor ou não. Não tem vídeo tape, não tem computador congelando a imagem e traçando uma linha amarela, não tem cinco ângulos diferentes.
E pior: digamos que o tal bandeira estivesse mesmo mal intencionado, se ele quisesse ganhar uma graninha extra, quem ia comprá-lo? Porque os corruptos não vão gastar dinheiro com bandeirinha. Se eles quiserem comprar alguém, vão comprar o juiz , que é quem manda. Conclusão: o bandeirinha não é protagonista nem na corrupção, até nisso ele tem que ser auxiliar.