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A TABAJARIZAÇÃO DO MUNDO

A pandemia está aí, bombando nas quebradas, fazendo todo mundo ficar em quarentena. Como ninguém pode sair de casa, não se pode gravar nada em estúdio, nem na rua, não dá para fazer grandes produções, então todo mundo grava em casa, quase sempre do seu celular, num cantinho bonitinho da sala e o máximo de cenário que se consegue é uma pequena biblioteca e uma orquídea já meio murcha. Ou seja, tudo que é filmado hoje em dia é com sérias restrições orçamentárias. É tudo estilo tabajara! É o mundo se tabajarizando. É Tabajara na cabeça! Não tem pra Google, não tem pra Amazon, quem está se dando bem mesmo são as Organizações Tabajara!

Aliás, volta e meia as Organizações Tabajara são lembradas nos jornais. Outro dia mesmo foi o Gabeira que falou de Tabajara, o que muito me orgulha, sou fã. O que mais me chamou a atenção foi que ele usou tabajara com a inicial minúscula, como se fosse um adjetivo, não como uma marca. Fiquei feliz por ter contribuído junto com os outros cassetas para o nosso idioma, criando uma nova palavra. Tudo bem que tabajara é uma palavra meio tabajara, mas bem que podia ser dicionarizada, não é? Ou será que um dicionário que contenha a palavra tabajara é um dicionário Tabajara?

O MUNDO PÓS-PANDEMIA

E aí rolam uma porção de debates discutindo o que vai mudar com a pandemia, como vai ser o mundo pós-corona. O mundo vai mudar? Vamos ser mais solidários? E se mudar, vai mudar para melhor ou para pior? Vai ser a mesma merda ou uma merda diferente? E eu fico escutando os intelectuais, artistas, políticos, jornalistas fazendo as suas previsões e me lembro das previsões que os comentaristas esportivos fazem no início dos campeonatos, das previsões que os analistas políticos mandam quando começam as eleições, me lembro dos cadernos de cultura tentando adivinhar quais serão as tendências musicais que vão bombar no ano e , depois de lembrar de todos esses profetas que nunca acertaram nenhum palpite, concluo que ninguém sabe o que vai acontecer depois da pandemia! Ninguém sabe de nada! Mas debater sobre isso não deixa de ser um bom passatempo.

MÁSCARA DE QUEIXO TABAJARA

VOCÊ NÃO ACREDITA NA CIÊNCIA, DISCORDA DA OMS E ACHA UM SACO USAR MÁSCARA NO NARIZ E NA BOCA?

ACHA QUE A MÁSCARA INCOMODA E NÃO SE IMPORTA EM SAIR POR AÍ TRANSMITINDO COVID DIRETO?

ACHA QUE COVID É SÓ UMA GRIPEZINHA E TEM HISTÓRICO DE ATLETA?

POIS AGORA SEUS PROBLEMAS ACABARAM!

CHEGOU A MÁSCARA DE QUEIXO TABAJARA

A ÚNICA EM SUA CATEGORIA QUE SE AMOLDA PERFEITAMENTE AO SEU QUEIXO.

EM 3 MODELOS: QUEIXÃO, QUEIXO NORMAL E QUEIXINHO.

MAIS UM PRODUTOS DAS… ORGANIZAÇÕES TABAJARA!

EU FUI DA INTENDÊNCIA

O ministro interino da saúde é um general do serviço de Intendência. Para quem não sabe os oficiais do exército podem ser da artilharia, da cavalaria, da infantaria, da engenharia e da intendência, que é a responsável pelos suprimentos. Por que eu sei disso? Porque quando eu tinha 18 anos, eu dancei, como se dizia na época, e servi o exército. Servi no quartel do CPOR, em São Cristovão. No CPOR você não é soldado, é chamado de aluno e quando sai está apto a ser um oficial da reserva. E depois de uns 3 meses lá, aprendendo a atirar, marchar e essas coisas que se faz na tropa, a gente tinha que optar por uma das armas ou serviços. Eu optei pela Intendência. E agora que vi que o general interino é de Intendência, me vieram algumas lembranças, entre elas um pedacinho do Hino da Intendência, que começava assim:

Eu sou a intendência
Cuja nobre missão
É suprir, transportar,
Dar à tropa assistência.

Relembrando esses versos me vêm 3 questões:
1- Pela letra do hino, podemos ver que tratar assuntos de saúde não é uma das nobres missões da Intendência. A única palavra mais ou menos ligada a área da saúde é assistência, que era como a minha avó chamava as ambulâncias.
2- O Brasil não entrou em muitas guerras em sua história, mas em qual delas as tropas foram comandadas por um interino?
3- Que neurônio é esse, que podendo guardar tanta coisa, lembrou dessa letra?

Obs – Na imagem lá em cima , vocês podem me ver marchando numa parada em 1979. Segundo a minha mãe, que assistiu, eu era o único que estava marchando no passo certo.